sábado, 21 de janeiro de 2012

O menino do pãozinho

Certa vez eu estava no centro de Belo Horizonte na praça Afonso Arinos,esperando o ónibus passar. Comigo estava uma sacolinha transparente com alguns pães. Um menino aproximou de mim e ficou olhando para a minha sacolinha, eu tirei um pão da  sacolinha, e dei para o menino que pegou o pãozinho e foi caminhando para o outro lado  da praça onde estava a sua mãe com seus nove  irmãos. O menino pegou o pão e foi tirando pedacinhos para dividir  com a sua mãe e seus irmãos. Vendo aquela cena, eu peguei a sacola com todos os pães e dei para o menino,em poucos minutos eles comeram tudo.
Eu vi no gesto daquele menino um sinal de Deus. Enquanto ele partilhava o pão nele brilhava a luz de Cristo.
Assim também brilhe a vossa a luz, diante das pessoas, para vejam as boas obras e louvem o vosso pai que está nos céus( Mateus. 5, 16).
  Nos podemos amenizar o sofrimento daqueles que passam fome.
Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem, quem tiver comida que faça o mesmo( Lucas. 3, 11). 
   O drama da fome no mundo convoca os cristãos que rezam a ser generosos  com o seu irmão necessitado.       Madre Teresa de Calcutá viu um homem  caído na rua em situação degradante ela fez como o bom samaritano( Lucas  10 ,34 ).Ela aproximou-se dele viu, e moveu-se de compaixão cuidou dele.O irmão questiona a madre,eu sou um Hindu, você é uma cristã porque esta cuidando de mim? Ela responde:você é meu irmão!                             
               
                                                   

A voz do PAPA. O valor pedagógico da confissão






         No nosso tempo,caracterizado pelo barulho, pela distração e pela solidão, o diálogo do penitente com o confessor  pode representar uma das poucas, se não a única ocasião para ser escutado verdadeiramente,     e em profundidade.
 Desejo meditar convosco sobre um aspecto às vezes  não suficiente considerado, mas  de grande relevância  espiritual e pastoral: o valor pedagógico da confissão sacramental. Se é verdade que é sempre necessário salvaguardar  objetividade dos efeitos do sacramento e a sua correta  celebração, segundo as normas do rito da penitência, não é inoportuno  ponderar sobre quanto ele pode educar na fé, tanto  do ministro como do penitente, segundo o exemplo dos grandes santos  da história, de São João Maria Viannei a São João Bosco,de São Josemaría Escrivá  a São Pio de Pietrelcina, de São José  cafasso  a São Leopoldo  Mandié,  indica-nos a todos  o modo como o confessionário pode ser um lugar real de santificação.
                                                            
                                                                          Contemplar a obra de Deus misericordioso
De que modo o sacramento da penitência educa? Em que sentido a sua celebração tem valor pedagógico, em primeiro  lugar para os ministros?
Poderíamos começar  a partir do reconhecimento de que  a missão sacerdotal constitui um ponto de observação singular e privilegiado do qual  cotidianamente , nos é concedido contemplar o esplendor da misericórdia divina. Quantas vezes, na celebração do sacramento da penitência, o presbítero assiste  a verdadeiros milagres  de conversão que,renovando encontro com um acontecimento , com uma pessoa.
( Deus caritasest,n.1),fortalecem a sua própria fé.No fundo, confessar significa assistir  tantas professiones
      fidei quantos são os penitentes e contemplar a obra de Deus misericordioso  na história, ver concretamente os efeitos salvíficos da cruz e da ressurreição de Cristo, em todos os tempos  e para cada homem.Não raro, somos postos diante de verdadeiros dramas existenciais, que não encontram uma resposta nas palavras dos homens,mas são abraçados e assumidos  pelo Amor divino, que perdoa e transforma: Mesmo que os vossos pecados fossem vermelhos como púrpura, ficariam brancos  como a neve!   ( Is, 1, 18). Conhecer e, modo, visitar o abismo do coração  humano, até nos aspectos mais  obscuros, se por um lado se põe a prova a humanidade e a fé do próprio sacerdote, por outro, alimenta nele a certeza de que a ultima palavra sobre  o mal do homem  e da história é Deus ,é da sua misericórdia, capaz de renovar todas as coisas (cf. Ap 21,15).
                                          
                                                                         profundas lições de humildade e da fé
Depois , quanto pode aprender o sacerdote de penitentes exemplares pela sua vida espiritual, pela  seriedade  com que realizam o exame de consciência, pela transparência no reconhecimento do pecado pessoal e pela docilidade ao ensinamento da Igreja e às indicações do confessor das administração do sacramento da penitência podemos receber profundas lições de humildade e de fé! e uma exortação muito forte para cada sacerdote à consciência da própria identidade.
Só em virtude da  nossa humanidade, não poderíamos ouvir as confissões dos irmãos! Se eles  nos procuram, é somente porque somos presbíteros, configurados com Cristo Sumo e eterno Sacerdote, e tornados capazes de agir no seu nome  e na sua pessoa, tornar realmente presente Deus que perdoa, renova e transforma.A celebração do sacramento da penitência tem um valor pedagógico para o sacerdote, em vista da sua fé da verdade e da pobreza da sua pessoa,e alimenta nele a consciência da identidade sacramental.

                                                            A confissão educa o penitente para a humildade
Qual é o valor pedagógico do sacramento da penitência para os penitentes? Devemos admitir previamente que ele depende, antes de tudo, da obra da graça e dos efeitos objetivos  do   sacramento da  alma do  fiel. Certamente,a reconciliação  sacramental é um dos momentos em que a liberdade pessoal  e a consciência de si são chamadas a manifestar-se de modo  particularmente evidente. Talvez seja também por este motivo que, numa época de relativismo e de uma consciência  consequente atenuada do próprio ser, se debilitou inclusive a prática sacramental.
O exame de consciência tem um importante valor pedagógico: ele educa a considerar com sinceridade a própria existência, a confrotá-la com a verdade do evangelho e a avalia-la com parâmetros não apenas humanos, mas conferidos pela revelação divina. O confronto com o mandamentos, com as Bem - Aventuranças e,principalmente, com o preceito do amor, constitui a primeira grande escola penitencial.
No nosso tempo, caracterizado pelo barulho, e pela distração e pela solidão, o diálogo do penitente com  confessor pode representar uma das poucas, se não a única ocasião para ser escutado verdadeiramente,e em profundidade.Diletos sacerdotes, não deixeis de reservar o espaço oportuno para o exercício do ministério da penitência no confessionário: ser acolhido e escutado constitui inclusive um sinal humano do acolhimento e da bondade de Deus em relação aos seus filhos.Além disso,a confissão integral dos pecados educa o penitente para a humildade, o reconhecimento da sua fragilidade pessoal e, ao mesmo tempo, para a consciência da necessidade do perdão de Deus e a confiança de que  graça divina pode transformar a sua vida. 

                                                            Quantas conversões começaram num 
 confessionário!

Do mesmo modo, a escuta das admoestações e dos conselhos do confessor é importante  para o juízo  sobre os atos, para o caminho espiritual e para a cura interior do penitente.
Não podemos esquecer quantas existências realmente santas começaram num confessionário! O acolhimento da penitência e a escuta das palavras   absolvo-te  dos teus pecados representam,enfim, uma autêntica escola de amor e de esperança que orienta para a plena confiança  em Deus Amor, revelado em Jesus Cristo, para a responsabilidade e o compromisso contínua.
Caros sacerdotes, o fato de sermos nós os primeiros  Experimentar a misericórdia divina e de sermos os seus instrumentos  humilde educa-nos  para uma celebração cada mas fiel do sacramento da penitência e para um profunda  gratidão a Deus, que nos confiou  o ministério a reconciliação (1cor 5,18). À bem - Aventurada virgem Maria , Mater misericordio e Refugium peccatorum, confio os frutos do curso sobre o Foro interno e o ministério de todos os confessores ,enquanto vos abençoo  grande afeto.
                                                  ( Discurso aos participantes no curso  promovido pela Penitenciaria apostólica, 25-3-2011). Arautos do Evangelho.
                                                                                

domingo, 15 de janeiro de 2012

A VOZ DO Papa. A oração de Jesus.

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                                                                 A oração de Jesus


A oração de Jesus diz respeito a todas as  fases do seu ministério e a todos  os seus dias. As dificuldades não a impedem. Quando as decisões  se fazem urgentes e complexas, ela torna -se mais prolongada e
intensa.Nas últimas catequeses refletimos sobre alguns exemplos   de oração no antigo testamento, e hoje  gostaria de começar a olhar para Jesus, para a sua oração, que atravessa  toda a sua vida, como um canal secreto que irriga  a existência, as relações e os gestos, e que  o guia, com firmeza  progressiva,rumo ao dom total de si mesmo, segundo o desígnio de amor de Deus pai.
                                                   
                                                          Jesus rezava  todos os dias,em todas as fases do seu ministério.
Jesus é o  Mestre também das nossas orações, alias,ele é o nosso sustento concreto e fraterno, cada vez que nos dirigimos ao  pai. Verdadeiramente como resume um titulo do  compêndio do catecismo da Igreja católica, a oração é plenamente  revelada  e realizada em Jesus(n.541-547).
A oração de Jesus diz respeito a todas as fases do seu ministério e a todos os seus dias. As dificuldades não a impedem.Alias os evangelhos deixam transparecer um hábito de Jesus, de transcorrer  em oração uma parte da noite. O evangelista Marcos  narra uma destas noites, depois do dia  pesado da multiplicação dos pães, escreve Jesus obrigou  logo os  seus discípulos para o barco e a irem  à frente, para o outro lado, rumo a Betsaida,enquanto ele próprio despedia a multidão. Depois de os ter despedido, foi ao monte para orar. Quando as decisões se fazem urgentes e complexas,a sua  prece torna-se mais prolongada e intensa. Na iminência da escolha dos doze Apóstolos,por exemplo, Lucas sublinha  a duração da oração preparatória de Jesus à noite: Naqueles dias, Jesus foi para o monte fazer a oração e passou toda a noite a orar  a Deus .Quando nasceu o dia, convocou os seus discípulos e escolheu doze dentre  eles aos quais deu o nome de Apóstolos 
( Lucas , 12-33).
Olhando para a oração de Jesus, em nós deve surgir uma pergunta: como  rezo eu, relação  como oramos nós? Que tempo dedico à relação com Deus?Tem -se hoje uma educação e formação suficiente  para a oração?
Na exortação apostólica Verbum Domini  falei sobre a importância da leitura orante da sagrada escritura. Reunindo o que sobressaiu na assembleia do sínodo dos Bispos, pus em evidência especial a forma específica da Lectio divina.
Ouvir,  meditar e silenciar diante do senhor que fala é uma arte,que se aprende praticando-a  com constâ ncia. Certamente, a oração é um dom, que todavia é necessário acolher; é obra de Deus, mas exige  o nosso compromisso  e continuidade e a constâcia são importantes.
                                                                   Os cristãos são chamados a tornar-se  testemunhas de oração.
                                                                    
                                                              
Precisamente a experiência exemplar de Jesus mostra que a sua oração, animada pela paternidade de Deus e pela comunhão do espírito  aprofundou-se  num exercício  prolongado ao Horto das Oliveiras e á cruz.
Hoje, os cristãos são chamados a tornar-se testemunhas de oração, precisamente porque o nosso  mundo se encontra  muitas vezes fechado ao horizonte e à esperança  que contém o encontro com Deus. Na profunda amizade com Jesus, e vivendo n Ele e com Ele a relação filial com o pai, através da nossa oração fiel e constante, podemos abrir janelas para o céu de Deus. Alias ao percorrer o caminho de oração, sem uma  consideração  humana, podemos ajudar  outros a percorrê-lo: também para a oração cristã é verdade que caminhando, se abrem veredas.
Amados irmãos e irmãs eduquemos-nos  para uma relação intensa com Deus para uma prece que não seja  esporádica, mas constante, cheia de confiança, capaz de iluminar  a nossa vida, como nos ensina  Jesus.
E peçamos-lhe  que possamos  comunicar  às pessoas que estão próximas de nós, aqueles  que encontramos  ao longo do nosso caminho, a alegria do encontro com o senhor,luz para a nossa existência.
                                                          ( Excertos da Audiência geral. 30- 11-2011)
                                                                 Revista Arautos do evangelho.

sábado, 14 de janeiro de 2012

A VOZ DO PAPA.O DESEJO DE de Deus.

 


O homem tem em si o desejo de Deus
uma sede de infinito, uma saudade de eternidade,  uma busca de beleza, um desejo de amor, uma necessidade de luz e de verdade,que impelem o homem rumo ao absoluto.

Hoje gostaria de continuar a meditar sobre o modo como a oração e o sentido  religioso fazem parte do homem,ao longo de toda  a sua história.

Vivemos numa época em que são evidentes os sinais do secularismo Deus parece ter desaparecido  do horizonte de varias pessoas ou ter-se tornado  uma realidade diante da qual o homem permanece indiferente. Mas, vemos ao mesmo tempo muitos sinais que nos indicam, um despertar do  sentido religioso, uma redescoberta da importância de Deus para a vida do homem, uma exigência de espiritualidade,de superar uma visão puramente horizontal, material da vida humana. olhando para a história recente, malogra-se a previsão de quem, desde a época do iluminismo,prenunciava o desaparecimento das religiões e exaltava uma razão absoluta,separada da fé, uma razão que teria esmagado  as trevas dos dogmatismo religiosos e dissolvido o mundo do sagrado, restituindo o homem  sua liberdade, a sua dignidade e sua autonomia de Deus, A experiência do século passando, com as duas trágicas guerra mundiais, pôs em crise aquele progresso que a razão autónoma, o homem sem Deus parecia poder garantir.

O homem é religioso por natureza
O catecismo da Igreja católica afirma: Pela criação, Deus chama todos os seres  do nada à existência... Mesmo depois de, pelo pecado, ter perdido  a semelhança com Deus, o homem continua  ser à imagem  do seu criador. Conserva o desejo daquele que o chama à existência . todas as religiões testemunham esta busca essencial do homem ( C I C 2566).
Poderíamos dizer- como demonstrei na última  catequese - que não houve qualquer grande civilização, desde  os tempos  mais longínquos até os aos  nossos dias, que tenha sido religiosa.
O homem é religioso por sua natureza, é como é homo religiosus como é homo sapiens e homo faber: o desejo de Deus - afirma o catecismo- está inscrito no coração do homem,  porque o homem foi criado por Deus  e para Deus ( C I C 27 ). A imagem do criador está impressa no  seu ser, e ele sente a  necessidade de encontrar  uma luz para dar uma resposta  às interrogações que dizem  respeito  ao sentido profundo da realidade;  resposta  que ele não pode encontrar em si mesmo, no progresso, na ciência empírica. O homo religiosus não emerge só  dos mundos, mas atravessa toda a história  da humanidade. A este propósito, o rico terreno da experiência humana viu surgir diversificadas  formas de  religiosidade na tentativa de responder  o desejo  de plenitude  e de felicidade, á necessidade de salvação, à busca de sentido. O homem digital,como o das cavernas, procura na experiência religiosa os caminhos para superar  a sua precária aventura terrena.

Sede de infinito e constatação da própria insuficiência

 De resto, vida sem um horizonte transcendente não teria um sentido completo e a felicidade, para a qual todos nós tendemos está projetada espontaneamente para o futuro, para um,  amanhã que ainda se deve realizar.O concílio  Vaticano segundo, na declaração Nostra oetate., sublinhou-o sinteticamente: Os homens esperam das diversas religiões uma resposta ao mais árduos problemas da condição humana que, hoje como outrora,continuam a perturbar profundamente  os seus corações: o que é o homem? ( Quem sou eu?) qual o sentido e o fim da nossa vida ? O que é o pecado? Qual é a origem e a finalidade do sofrimento?  Qual é o caminho para obter a verdadeira felicidade? O que é a morte,o julgamento e a recompensa que se lhe hão de seguir? E qual é, finalmente, aquele derradeiro e inefável mistério que envolve  nossa existência: donde  partimos e para onde vamos?(nó.1). O homem sabe que não pode responder sozinho
á sua necessidade fundamental de compreender.Por mais  que se tenha iludido e que ainda se iluda que é auto suficiente,contudo ele faz  a experiência de que é suficiente a si mesmo. Tem necessidade de se abrir ao outro, a algo ou a alguém que possa doar- lhe quanto lhe falta, deve sair de si mesmo rumo
Aquele que e capaz de satisfazer a amplidão e a profundidade do seu desejo.
O homem tem em si uma sede de infinito, uma saudade de eternidade, uma busca de beleza, um desejo de amor, uma necessidade de luz e de verdade,que o impelem rumo ao absoluto tem em si o desejo de Deus.
                                                                             A oração não está ligada a um contexto particular

E o homem sabe, de qualquer modo, que pode dirigir-se a Deus, sabe que lhe pode rezar. S. Tomás de Aquino, um dos maiores teólogos da história, define a oração como expressão do desejo que o homem tem de Deus. Esta atração por Deus, que o próprio Deus colocou no homem é a alma da oração, que depois se reveste de muitas formas e modalidade,segundo a história, o tempo, o momento, a graça e até o pecado de cada orante. Com efeito,  a história do homem conheceu várias formas de oração porque ele desenvolveu  diversas modalidades de abertura ao outro e ao além, a tal ponto que podemos reconhecer a oração como experiência em cada religião e cultura.
Com efeito, estimados irmãos,e irmãs   como vimos  na quarta- feira passada, a oração não está ligada a um contexto particular, mas encontra- se inscrita no coração de cada pessoa e de cada civilização. Naturalmente, quando falamos da oração como experiência do homem enquanto tal, do homo orans, é necessário ter presente que ela é uma atitude interior,é não só uma série de práticas e fórmulas, um modo de ser diante de Deus, e não só o cumprir ou pronunciar palavras.
A oração tem o seu centro e lanças as suas raízes no mais profundo da pessoa;  por isso não é facilmente decifrável e, pelo mesmo motivo, pode estar sujeita a mal- entendidos e a  mistificações.Também neste sentido podemos entender a expressão: rezar é difícil. Como efeito, a oração é o lugar por excelência da
gratuidade,  da tensão para o invisível e  o inesperado e o inefável. por isso, a experiência da oração  é para todos um desafio, uma graça a invocar, um dom daquele ao qual nos dirigimos.

O sentido do mundo   
                                                         está fora do mundo

Na oração, em cada época da história, o homem considera-se  a si mesmo e a sua situação diante de Deus, a   partir de Deus e em vista de Deus, e experimenta que é criatura necessitada de ajuda, incapaz de alcançar  sozinho o cumprimento da própria existência e da  própria esperança.
O filósofo Ludwig Wittgenstein recordava que rezar significa sentir  que o sentido do mundo. Na dinâmica  desta relação com quem dá  sentido à existência, com Deus  a oração tem uma das suas expressões típicas no gesto de se pôr de joelhos. E um gesto que contém em si uma ambivalência radical:  com efeito, posso ser obrigado a pôr - me de joelhos - condição de indigência e de escravidão - mas posso também inclinar-me espontaneamente, declarado o meu limite e portanto , o fato de que tenho necessidade  de outro. A ele declaro que sou frágil, necessitado , pecador.
Na experiência da oração, a criatura  humana exprime  toda a consciência de si, tudo o que conseque captar da própria existênciae e, ao  mesmo tempo,dirigi- se inteiramente para o ser diante  do qual se encontra, orienta a própria alma para aquele místério  do qual espera o cumprimento dos desejos mais profundos e a ajuda para superar a indigência da própria vida. Neste olhar para o outro,neste dirigir -se para além está a essência da oração,como experiência  de uma realidade que supera o sensível e o contingente.

Deus não cessa de chamar  0 homem  

Todavia, só no Deus que se revela encontra pleno cumprimento a busca do homem. A oração,que e a abertura e elevação do coração   a Deus torna-se assim relação pessoal com ele. E mesmo que o homem se esqueça de seu criador, o Deus vivo e verdadeiro não cessa  de chamar primeiro o homem ao misterioso encontro de oração. Como afirma o catecismo: Na oração, é sempre o amor do Deus fiel  a dar o primeiro passo; o passo do homem e sempre uma resposta. Á medida que Deus se revela  e revela o homem si mesmo, a oração surge como um apelo recíproco, um drama de aliança. Através  das palavras e dos atos, este drama compromete o coração e manifesta -se  ao longo de toda a história da salvação ( Catecismo 2567).
Caro irmãos e irmãs, aprendamos a deter- nos em maior medida diante de Deus,de Deus que se revelou em Jesus Cristo, aprendamos a reconhecer no silêncio, no intimo de nós mesmos, a sua voz que nos chama e nos reconduz à profundidade da nossa existência, à fonte da vida, à nascente da salvação, para nos fazer ir além do limite da nossa vida e abrir-nos á medida de Deus à relação com ele ,que é amor infinito.
( Audiência geral, 11-5-2011). Arautos do evangelho.

domingo, 8 de janeiro de 2012

A grandeza do dom recebido no batismo


O batismo assinala para sempre nossa pertença a Deus ao senhor e nos torna membros vivos do seu corpo místico, que é a Igreja.
Queridos amigos, doando-nos a Fé, o senhor concedeu-nos o que existe de mais precioso na vida,ou seja,o motivo mais verdadeiro e mais belo pelo qual viver: é pela graça que cremos e Deus,que conhecemos o seu amor,com o  qual ele deseja salvar-nos  e libertar-nos do mal. agora vós,caros pais e padrinhos madrinhas, pedis à igreja que receba no seu seio estas crianças, que lhes conceda o seu batismo; e formulais este pedido em função da dádiva da fé que vós mesmos por vossa vez, recebeste.

Sacramento que imprime caráter
 Juntamente  com o profeta Isaías,cada cristão pode repetir:O  Senhor plasmou- me desde o ventre materno, para ser seu servo( Isaías 49,15);assim presados pais, os vossos  filhos constituem um dom inestimável do senhor, que reservou  para si mesmo o coração deles, para  o poder cumular com o seu amor. Através do sacramento do batismo, hoje consagra-os  e chama-os a seguir  Jesus,mediante o cumprimento da sua vocação  pessoal , em conformidade com aquele particular desígnio  de amor  que o pai tem  em mente para cada um deles; meta desta peregrinação terrena será a plena comunhão com ele, na felicidade eterna. Recebendo o batismo,estas crianças
obtêm como dádiva um selo espiritual indelével,  o   caráter ,que assinala para sempre  a sua pertença ao Senhor e que os torna membros vivos  do seu corpo místico que é a Igreja. Enquanto começam a fazer parte do povo de Deus,para estas crianças hoje tem inicio  um caminho  de santidade e de conformação com Jesus,uma realidade que é inserida neles como  a semente de uma árvore maravilhosa,que de crescer.

O batismo às crianças recém nascida
Por isso,compreendendo a grandeza deste dom,desde os primeiros séculos houve o cuidado de conferir  o batismo às crianças recém nascidas. Sem duvida,depois será necessária uma adesão livre e consciente  a esta vida de fé e de amor,e por isso é  preciso que, após o batismo ,eles sejam educados  na fé e instruídos segundo a sabedoria da sagrada Escritura e os ensinamentos  da Igreja, de tal modo que se  desenvolva  neles o germe da fé que hoje recebem e possam alcançar a plena maturidade cristã. A Igreja, que os recebe entre  os seus filhos , deve  assumir a tarefa, juntamente com os pais e os padrinho,de acompanha-los ao longo deste caminho de crescimento. a colaboração entre comunidade cristã e família é mais necessária do que nunca  no atual contexto social,em
   que a instituição familiar é ameaçada de vários lados  e se encontra a enfrentar não poucas dificuldades na sua missão de educar na fé. A falta de referencias culturais estáveis e a rápida transformação à  qual a sociedade é submetida continuamente tornam  deveras árduo o compromisso educativo Por isso,é necessário que as paróquias se empenhem cada vez mais na assistência às famílias, pequenas Igrejas domésticas,na sua  atarefa de transmissão da fé.

(Excerto da homilia da Festa do batismo do Senhor ,9-1-2011).
(Esse texto foi tirado da revista, Arautos do evangelho.www.arautos,org.br).

sábado, 7 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA PAZ.

Deixo- vos a paz , dou-vos a paz. Não se perturbe nem se Nem se atemorize o vosso coração(João- 14,27).
A verdadeira paz, dada pelo divino mestre, e a paz do mundo. 
O senhor acrescenta: Não vo-la dou como o mundo dá. Qual é o sentido destas 
palavras? Eis: Eu não vo-la dou como o dão os homens que amam o mundo.Estes,com efeito, oferecem a paz, a fim de - livres de preocupações,de processos e de guerras. poderem gozar,não de Deus, mas do mundo, ao qual entregaram o seu afeto. E quando eles oferecem a paz aos justos, cessando de os perseguir, não é uma paz verdadeira,porque não há verdadeiro acordo onde os corações estão desunidos.
Chamamos consortes aquele que unem seus corações, do mesmo  modo,devem se chamar concordes.Para nós meus caríssimos irmãos, Jesus Cristo nos deixa a paz e nos dá a sua paz, não como a dá o mundo, mas como a dá aquele por quem foi criado o mundo.Ele no-la dá para que todos estejamos  de acordo, para que estejamos  unidos de coração tendo um só coração,o elevemos ao alto, não nos deixando corromper na terra(Santo Agostinho Evangelium Ionnis).

O que e a paz 
Para o cristão, a paz representa muito mais a simples,inexistência de guerra, nem se reduz ao estabelecimento do equilibro, entre as forças adversas, nem resulta duma dominação despótica. (concilio Vaticano segundo).

A paz na terra é consequência natural da paz com Deus (Beato João vinte e três ).

A paz vem da união  com Jesus Cristo e excede todo pensamento humano; não pode ser efetivada  pela inteligência humana ( filipenses 4, 7).

Paz o termo hebraico Shalôm  nas bíblias em português  por paz, é uma palavra tão amplamente usada  e com tão rico conteúdo  que nenhum termo português sozinho pode traduzi- lo contudo, a frequência  do uso não o termo vago de significado  e seu uso  é tão corrente para nos permitir  sumarizar seus conteúdos que pensamos ter um alto grau de exatidão ( dicionário bíblico ).

Desejo a você meu irmão a paz. A alegria.A cura. A libertação. A alegria. A prosperidade.
 Jesus quer te dar a paz, porque ele te ama. Vinde a mim todos vós que estais 
cansados e carregados de fardos e eu vós darei descanso( Mateus- 11,28).

Você quer receber  a paz?
Participa da celebração da santa missa. Reze todos os dias. Leia  Bíblia todos os dias. participa de um grupo de oração.Obedece a Deus.Peça um batismo no espírito santo. A paz e fruto do espírito santo.Faça uma boa confissão.
  
Oração. Senhor Jesus Cristo, derrama vem com teu espírito santo derramando a sua paz, realizando uma obra de cura e libertação.