Esta parábola fala a cada um de nós como falava com os ouvintes de JESUS há dois mil anos. E nos recorda que também nós somos semeadores
Quando fala ao povo, Jesus recorre a muitas parábolas: uma linguagem que todos podem compreender, com imagens tiradas da natureza e das situações da vida diária.
A semente que caiu no terreno fértil
A primeira que ele narra é uma introdução a todas as parábolas: é aquela do semeador, que sem poupar lança as suas sementes em todos tipos de terreno. E o verdadeiro protagonista desta parábola é precisamente a semente, que produz mais ou menos frutos, em conformidade com o terreno onde ela caiu. Os primeiros três terrenos são improdutivos: ao longo da estrada a semente é comida pelos pássaros; no terreno pedregoso, os rebentos secam-se imediatamente porque não tem raízes no meio dos arbustos a semente é sufocada pelos espinhos. O quarto terreno é fértil, e somente ali a semente medra e produz fruto.
Neste caso, JESUS não se limitou a apresentar a parábola; também a explicou aos seus discípulos. A semente que caiu ao longo do caminho indica quantos ouvem o anúncio do reino de DEUS, mas não o acolhem ; assim, sobrevém o maligno e leva-a embora. Com efeito, o Maligno não quer que a semente do Evangelho germine no coração dos homens. Esta é a primeira comparação. A segunda consiste na semente que caiu no meio das pedras: ela representa as pessoas que escuta a palavra de DEUS e que acolhem imediatamente, mas de modo superficial, porque não tem raízes e são inconstante; e quando chegam as dificuldades e as tribulações, estas pessoas deixam-se abater repentinamente . O terceiro caso é o da semente que caiu entre os arbustos: Jesus explica que se refere às pessoas que ouvem a palavra mas, por causas das preocupações mundanas e da sedução da riqueza, é sufocada.
Finalmente, a semente que caiu no terreno fértil representa quantos escutam a palavra, aqueles que acolhem, cultivam e compreende, e ela da fruto. O modelo perfeito desta terra boa é a Virgem Maria.
Também nós somos semeadores
Hoje esta parábola fala a cada um de nós, como falava aos ouvintes de JESUS há dois mil anos. Ela recorda-nos que nós somos o terreno onde o senhor lança indefes-samente a semente da palavra e do seu amor. Com que disposições a acolhemos? E podemos levantar a seguinte pergunta: como e o nosso coração? com qual dos terreno ele se assemelha: uma estrada, um terreno pedregoso, um arbusto? depende de nós - tornar-nos um terreno bom ou sem espinhos nem pedregulhos, mas desbravado e cultivado com esmero, a fim de poder produzir bons frutos para nós é para os irmãos.
E far-nos-á bem não esquecer que também nós somos semeadores.
Deus lança semente boas, e também aqui podemos interrogar-nos: que tipo de semente sai do nosso coração e da nossa boca? as nossas palavras podem fazer muito bem mas inclusive muito mal; podem animar e podem nos deprimir. Recordai-vos: o que conta não e aquilo que entra, mas o que sai da nossa boca do nosso coração.
Com o seu exemplo.Nossa Senhora nos ensine a acolher a palavra, cultivá-la
e a fazê-la frutificar em nós e nós outros!
Excerto do Angelus de 13-07-2014
Arautos do EVANGELHO.
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