sábado, 11 de maio de 2013

Caminhar, edificar, confessar






 Temos de de  ter coragem de caminhar na presença do SENHOR, com sua 
 cruz; de edificar a IGREJA sobre o sangue do senhor,  derramado na cruz; e de confessar como nossa única gloria CRISTO Crucificado.

Vejo que estas três leituras têm algo em comum: é o movimento. Na primeira leitura, o movimento na edificação da Igreja; na terceira, no evangelho, o movimento na confissão. Caminhar, edificar, confessar.

Caminhar na minha presença e sê irrepreensível

Caminhar. Vinde, casa de Jacó! Caminhemos à luz do Senhor(IS 2,5). Trata-se da primeira coisa que DEUS disse a Abraão caminha na minha presença e sê irrepreensível. caminhar: a nossa vida é um caminho e,quando nos detemos, esta errado caminhar sempre na presença do Senhor,a luz do Senhor, procurando viver com aquela irrepreensibilidade que DEUS pedia a Abraão na sua promessa.

Pedras vivas, ungidas pelo Espírito Santo

Edificar. edificar a Igreja. Falando-se de pedras têm consistência; mas pedras vivas, pedras ungidas pelo Espírito Santo. Edificar a Igreja, a esposa de Cristo sobre aquela pedra angular que é próprio Senhor. Aqui temos outro movimento da nossa vida: edificar.

Quem não reza ao Senhor, reza ao diabo

Terceiro, confessar. Podemos caminhar o que quisermos, podemos edificar um monte de coisas, mas se não confessarmos Jesus Cristo, está errado. Tornar-nos uma ONG sócio-cariativa, mas não a Igreja, esposa do Senhor. Quando não se edifica sobre as pedras, que acontece? Acontece o mesmo que as crianças na praia quando fazem castelos  de areia: tudo se desmorona, não tem consistência. Quando não se confessa Jesus Cristo, faz-me pensar nesta frase de Léon Bloy: Quem não reza ao Senhor reza ao diabo. Quando não se confessa Jesus Cristo, confessa ao mundanismo do diabo, o mundanismo do demónio

Edificar a Igreja sobre o sangue do Senhor

Caminhar, edificar-construir confessar. Mas na realidade não é tão fácil, porque às vezes, quando se caminha constrói ou confessa, sentem-se abalos, há movimentos que são os próprios do caminho, mas movimentos que nos puxam para trás.
Este Evangelho continua com uma situação especial. O próprio Pedro que confessou estas palavras; Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo, diz-lhe: Eu sigo-te, mas de cruz não se fala. Isso vem ao propósito. Sigo-te com outras possibilidades, sem a cruz. Quando caminhamos sem a cruz, edificamos sem a cruz ou confessamos um Cristo sem cruz, não somos discípulos do Senhor: somos mundanos, somos Bispos, Padres, Cardeais Papas mas não discípulos do senhor.
 Eu queria que, depois destes dias de graça, todos nos tivéssemos a coragem- sim, a coragem- de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz  do SENHOR;  de edificar a Igreja sobre o sangue do SENHOR, que é derramado na cruz; e de confessar como única gloria crucificado E assim a Igreja vai a para diante.
                                  ( Homilia na missa Pro Ecclesia , 14-03- 2013).