sábado, 30 de janeiro de 2016

Feliz escravo do vosso amor

 O amor infinito de do meu DEUS, digno  de amor infinito! oh, como pudeste, meu JESUS, rebaixar-vos tanto que, para entreter-vos com os homens  e unir-vos aos seus corações, vos  humilhaste a ponto de Vos esconderdes sob as espécies do pão?
Ó verbo encarnado, excessivo  fostes em humilhar-vos porque extremoso sois em amar-nos. Como poderei eu deixar de Vos amar de todo coração  e toda alma , conhecendo  tudo  quanto fizeste  para conquistar  o meu amor?  Amo-vos  deveras, e por isso anteponho o vosso agrado  a qualquer satisfação, a qualquer interesse meu, Meu prazer  consiste  em vos, comprazer, o meu JESUS, meu DEUS, meu  amor, meu tudo. Acendei em mim um grande desejo  de estar continuamente diante de Vós sacramentado, de Vos acolher e Vos fazer companhia. Como seria eu ingrato  se não aceitasse vosso tão doce e amável convite!
 Ah! Senhor! Aniquilai  todos  os meus afetos às coisas criadas. Quereis  que só vós, meu, criador, sejais o objeto de todos os meus suspiros, de todos os meus a amores. Amo-Vos, amabilíssima bondade do meu DEUS. Não procuro outro  bem, a não ser Vós, Não desejo contentar-me, mas contentar-vos, e basta-me dar-vos  contentamento. Aceitai meu JESUS, este bom desejo de um pecador  que almeja  amar-vos. Ajudai-me  com a vossa graça: fazei que eu, mísero escravo do inferno, seja doravante do vosso amor.

                                 Santo Afonso Maria de Ligório